Cabo Verde


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Cabo Verde
República de Cabo Verde
Bandeira de Cabo Verde
Brasão de Cabo Verde
BandeiraBrasão de Armas
LemaUnidade, Trabalho, Progresso
Hino nacionalCântico da Liberdade
Gentílico: Cabo-verdiano[1]

Localização de Cabo Verde
CapitalPraia
14° 55' N 23° 31' O
Cidade mais populosaPraia
Língua oficialPortuguês (oficial), Crioulo cabo-verdiano (não oficial)
GovernoRepública parlamentarista
 - PresidenteJorge Carlos Fonseca
 - Primeiro-ministroJosé Maria Neves
História 
 - Descoberta1460 
 - Independência
• de Portugal

5 de Julho de 1975 
 -Multipartidarismo13 de Janeiro de 1990 
Área 
 - Total4 033 km² (146.º)
 - Água (%)desprezível
População 
 - Estimativa de2008499 796[2] hab. (167.º)
 - Censo de 2000436 821 hab. 
 - Urbana303 512 hab. (91.º)
 - Densidade118 hab./km² (65.º)
PIB (base PPC)Estimativa de 2010
 - TotalUS$ 1,946 mil milhões*[3] (174.º)
 - Per capitaUS$ 3 548,49[3] (126.º)
Indicadores sociais
 - IDH (2010)0,534[4] (118.º) – médio
 - Esper. de vida71,7 anos (101.º)
 - Mort. infantil24,6/mil nasc. (108.º)
 - Alfabetização81,2% (118.º)
MoedaEscudo cabo-verdiano (indexado ao euro)[5] (CVE)
Fuso horárioHorário de Cabo Verde - CVT(UTC-1)
 - Verão (DST)Não tem (UTC-1)
ClimaÁrido
Org. internacionaisONUOMCCPLPUACEDEAO,
Cód. ISOCPV
Cód. Internet.cv
Cód. telef.+238
Website governamentalhttp://www.governo.cv/

Mapa de Cabo Verde
Cabo Verde é um país insular africanoarquipélago de origem vulcânica, constituído por dez ilhas. Está localizado no Oceano Atlântico, a 640 km a oeste de DakarSenegal. Outros vizinhos são a Mauritânia, a Gâmbia e a Guiné-Bissau, ou seja, todos na faixa costeira ocidental da África que vai do Cabo Branco às ilhas Bijagós. Curiosamente, o Cabo Verde que dá nome ao país não se situa nele, mas a centenas de quilómetros a leste, perto de Dakar, noSenegal.
Foi descoberto em 1460 por Diogo Gomes ao serviço da coroa portuguesa, que encontrou as ilhas desabitadas e aparentemente sem indícios de anterior presença humana. Foi colónia de Portugal desde o século XV até à sua independência em 1975.

Índice

  [esconder

[editar]História

Igreja Nossa Senhora do Rosário, construída em 1495, a mais antiga igreja colonial do mundo, Cidade VelhaIlha de Santiago.
A história refere que a descoberta de Cabo Verde se deu no século XV, mais precisamente em 1460. A colonização portuguesa começou logo após a sua descoberta, sendo as primeiras ilhas a serem povoadas as de Santiago e Fogo. Para incentivar a colonização a corte portuguesa estabeleceu uma carta de privilégio aos moradores de Santiago do comércio de escravos na Costa da Guiné. Em Ribeira Grande – Santiago - estabelece-se a primeira feitoria Foi estabelecida uma feitoria em Ribeira Grande - Ilha de Santiago, que serviu ponto de escala para os navios portugueses e para o tráfego e comércio de escravos que começava a crescer por essa época. Mais tarde, com a abolição da escravatura e com condições climáticas poucos favoráveis, devido à sua situação geográfica, o país começou a dar sinais de fragilidade e entrou em decadência tendo uma economia pobre e de subsistência. No século XX, a partir da década de 50, começam a surgir os movimentos libertação e independentistas um pouco por todo o continente africano. Cabo Verde vinculou-se à luta pela libertação da Guiné.[6]
A posição estratégica das ilhas nas rotas que ligavam Portugal ao Brasil e ao resto da África contribuíram para o facto dessas serem utilizadas como entreposto comercial e de aprovisionamento. Abolido o tráfico de escravos em 1876, o interesse comercial do arquipélago para a metrópole decresceu, só voltando a ter importância a partir da segunda metade do século XX. No entanto já tinham sido criadas as condições para o Cabo Verde de hoje: europeus e africanos uniram-se numa simbiose, criando um povo de características próprias.

[editar]O processo de Independência

As origens históricas nacionais da independência de Cabo Verde podem ser localizadas no final do século XIX início do XX. Não foi um processo linear nem unânime, mas já neste período a independência foi acenada. Surgindo como uma hipótese de solução extrema para os problemas ou das reivindicações da elite crioula de então. Esta que reclamava devido o desleixo ou negligência da metrópole em relação ao que se passava em Cabo Verde.
Com o processo de formação nacional, muito cedo a máquina administrativa foi sendo assegurada pelos nascidos em Cabo Verde, ou que já tinham grande identificação com a colónia, com excepção aos cargos elevados como governadores, chefes militares etc., ainda reservados aos representantes da soberania de Portugal. Esta “auto-suficiência” administrativa de Cabo Verde estava associada à uma escolarização relativamente desenvolvida e à existência de uma imprensa mais ou menos dinâmica introduzida por Portugal, que contribuíram para o surgimento de uma elite intelectual e burocrática. Esta começou no século XX a discutir cada vez mais a questão da independência, gerando um clima de atrito com os representantes da metrópole. Os leitores que acompanhavam a imprensa oficial entendiam que se devia lutar pela independência ou, pelo menos, por uma autonomia honrosa.
Na metrópole portuguesa os habitantes de Cabo Verde eram muitas vezes considerados como mandriões, desleixados, indolentes, bêbados etc. Um exemplo de reação a isso, Eugénio Tavares escreve em 1912: “O indígena de Cabo Verde é Activo e Trabalhador”. Esta atitude manteve-se até à independência de Cabo Verde.
Em 1956 Amílcar Cabral, Aristides Pereira, Luís Cabral, entre outros jovens patriotas da hoje Guiné-Bissau e Cabo Verde, fundaram o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) que surgiu no contexto do movimento libertador africano que ganhava força depois da Segunda Guerra Mundial. Onde formaram uma unidade popular para lutar contra o que chamavam de “deplorável política ultramarina portuguesa afirmando que as vítimas dessa política desejavam ver-se vires do domínio português”.
A 19 de Dezembro de 1974 foi assinado um acordo entre o PAIGC e Portugal, instaurando-se um governo de transição em Cabo Verde, Governo esse que preparou as eleições para uma Assembleia Nacional Popular. A 5 de Julho de 1975 proclamou-se a independência do país, considerado na altura após por muitos como um país inviável, devido às suas próprias fragilidades, havendo mesmo vozes políticas em Portugal, como é o caso de Mário Soares, contra a independência do arquipélago, afirmando que Cabo Verde deveria usufruir de autonomia adminstrativa tal como os outros arquipélagos portugueses,Açores e Madeira. Em 1991, o país conheceu uma viragem na vida política nacional, tendo realizado as primeiras eleições multipartidárias, instituindo uma democracia parlamentar.[7]

[editar]Política

Amílcar Cabral, num selo da ex-RDA.
Cabo Verde é uma república democrática semipresidencialista (parlamentarismo mitigado), com regime multipartidário. O governo é baseado na constituição de 1980, que institui o regime de partido único, revista em 1990 para introduzir o multipartidarismo e em1992 para ajustá-la na totalidade com os valores da democracia multipartidária. As eleições são presidenciais (para eleger o Presidente da República) e legislativas (para eleger os deputados nacionais), que são eleitos para mandatos de cinco anos. O presidente do partido com maioria na Assembleia Nacional (Parlamento) é empossado como Primeiro-ministro. Apesar de ainda não haver ocorrido, há a possibilidade de o Presidente da República ser de um partido e o Primeiro-ministro de outro.
O Presidente da República, a Assembleia Nacional e o Conselho Superior da Magistratura Judiciária (esses também eleitos pela Assembleia Nacional) participam na eleição dos membros do Supremo Tribunal da Justiça.

[editar]Divisão administrativa

Paços do Concelho na Cidade da Praia.
Vista da cidade de Mindelo na baía do Porto Grande, com o Monte Cara (à esquerda) e Santo Antão (ao fundo, à direita).
A capital de Cabo Verde é a cidade da Praia na Ilha de Santiago que, juntamente com o Mindelo, na Ilha de São Vicente, são as duas cidades principais do País. Até 2005 Cabo Verde contava com 17 concelhos. No primeiro semestre de 2005 foi aprovada pela Assembleia Nacional cabo-verdiana a constituição de cinco novos concelhos, resultando nos actuais 22 concelhos, distribuídos pelas 9 ilhas habitadas do arquipélago:

[editar]Geografia

Vista de satélite do Arquipélago de Cabo Verde.
Pico do Fogo, o ponto mais elevado do arquipélago, com 2829 m. Ilha do Fogo.
Vista da Ribeira de São Domingos,
a partir de Água de Gato, Ilha de Santiago.
Deserto Viana, Ilha da Boa Vista.
Praia Grande, Calhau São Vicente.
A actividade piscatória é uma das principais da economia cabo-verdiana.
Cabo Verde é um arquipélago localizado ao largo da costa da África Ocidental. As ilhas vulcânicas que o compõem são pequenas e montanhosas. Existe um vulcão activo, na ilha do Fogo, que é igualmente o ponto mais elevado do arquipélago, com 2829 m. O país é constituído por 10 ilhas, das quais 9 habitadas, e vários ilhéus desabitados, divididos em dois grupos:
  • Ao norte, as ilhas de Barlavento. Relacionando de oeste para leste: Santo AntãoSão VicenteSanta Luzia (desabitada), São NicolauSal e Boa Vista. Pertencem ainda ao grupo de Barlavento os ilhéus desabitados de Branco e Raso, situados entre Santa Luzia e São Nicolau, o ilhéu dos Pássaros, em frente à cidade de Mindelo, na ilha de São Vicente e os ilhéus Rabo de Junco, na costa da ilha do Sal e os ilhéus de Sal Rei e do Baluarte, na costa da ilha de Boa Vista;
  • Ao sul, as ilhas de Sotavento. Enumerando de leste para oeste: MaioSantiagoFogo e Brava. O ilhéu de Santa Maria, em frente à cidade de Praia, na Ilha de Santiago; os ilhéus Grande, Rombo, Baixo, de Cima, do Rei, Luís Carneiro e o ilhéu Sapado, situados a cerca de 8 km da ilha Brava e o ilhéu da Areia, junto à costa dessa mesma ilha.
As maiores ilhas são a de Santiago a sudeste, onde se situa Praia, a capital do país, e a ilha de Santo Antão, no extremo noroeste. Praia é também o principal aglomerado populacional do arquipélago, seguida por Mindelo, na ilha de São Vicente.

[editar]Pontos extremos

[editar]Clima

O arquipélago de Cabo Verde está localizado na zona sub-saheliana, com um clima árido ou semi-árido. O oceano e os ventos alíseos moderam a temperatura. A média anual raramente é superior a 25 °C e não desce abaixo dos 20 °C. A temperatura da água do mar varia entre 21 °C em Fevereiro e 25 °C em Setembro.
As estações do ano são fundamentalmente duas: as-águas e as-secas ou tempo das brisas.
A estação chuvosa, de Agosto a Outubro, é muito irregular e geralmente com fraca pluviosidade, em especial nas ilhas de São Vicente e Sal, onde tem havido vários anos seguidos sem chuva. As ilhas mais acidentadas, como Santo Antão, Santiago e Fogo, beneficiam de maior pluviosidade.
A estação mais seca, de Dezembro a Julho, é caracterizada por ventos constantes. A chamada bruma seca, trazida pelo vento harmatão das areias do Saara, chega a provocar a interrupção dos serviços nos aeroportos.
Condições meteorológicas anuais
MêsJanFevMarAbrMaiJunJulAgoSetOutNovDez
Temperatura (°C)242425252526272929292725
Precipitação mm5,33,81,30,00,00,00,814,133,66,52,51,6

[editar]Economia

Cabo verde é um estado arquipélago com uma economia subdesenvolvida e que sofre com uma carência de alternativa de recursos e com o crescimento populacional. Os principais meios económicos são a agricultura, a riqueza marinha do arquipélago, a prestação de serviços que corresponde a 80% do PIB, e mais recentemente o turismo que tem ganhado crescente relevância.[8] As principais ilhas turísticas são a Ilha do Sal e a Ilha da Boa Vista.
A agricultura sofre com os constantes períodos de seca e carece de uma melhor infra-estrutura e modernização das técnicas agrícolas, os investimentos que atenderiam a essa necessidade seriam através de uma melhor educação dos cultivadores e da organização de um mercado de consumo dos produtos.[9] Os produtos desta agricultura de sequeiro, com base na associação tradicional do milho e dos feijoeiros anuais, destinam-se basicamente ao mercado interno cabo-verdiano (embora não satisfaçam a procura, sendo indispensável uma importação maciça de alimentos). Também têm se introduzido novas culturas de produtos e plantas como legumes, frutas e hortaliças para a distribuição interna do mercado. Os principais produtos exportados são o café, a banana e a cana de açúcar que possuem mercados restritos e limitados.
No setor de pescas vem sendo implantado uma modernização dos meios artesanais e métodos tradicionais para um melhor aproveitamento desses recursos isso vendo sendo feito através do apoio de organismos especializados, porém a rentabilidade da pesca exige uma industrialização do pescado e a organização dos mercados para que seja escoada a produção.
Nos dias atuais o turismo tem se tornado uma importante fonte económica para o país, o que dificulta é a questão estrutural. Cabo Verde necessita de um desenvolvimento das estradas, portos e aeroportos, de meios de comunicação rápidos e frequentes além da criação de uma forte rede hoteleira que atenda a necessidade dos turistas.
Portugal tem fortemente cooperado e ajudado Cabo Verde a nível económico e social, o que resultou na indexação de sua moeda, o escudo cabo-verdiano, ao Euro, e no crescimento de sua economia interna. O ex-Primeiro-ministro de Portugal, José Durão Barroso, e Presidente da Comissão Européia no segundo semestre de 2004, prometeu integrar Cabo Verde à área de influência da União Europeia, através de maior cooperação com Portugal.
A economia cabo-verdiano desenvolveu-se significativamente desde o final da última década, nos dias atuais esta transformação é sustentada por um vasto programa de infra-estrutura por parte do governo em domínios vitais como os transportes terrestres, os transportes marítimos, os transportes aéreos, as comunicações, entre outros.[10]
O país tem muitos emigrantes espalhados pelo mundo (com especial foco para EUA e Portugal) que contribuem com remessas financeiras significativas para o seu país de origem.[11]

[editar]Demografia e estrutura social

Os cabo-verdianos são descendentes de antigos escravos africanos e dos seus senhores portugueses. Grande parte dos cabo-verdianos emigra para o estrangeiro, principalmente para os Estados UnidosPortugal e Brasil, de modo que há mais cabo-verdianos a residir no estrangeiro que no próprio país.
Marcadamente jovem na sua estrutura etária, com 40% dos efectivos entre os 0-14 anos (estimativa 2005) e apenas 6% acima dos 65 anos, a média de idades da população cabo-verdiana ronda os 24 anos.
A esperança média de vida, que em 1975 rondava os 63 anos, atinge, em 2003, os 71 anos (67 para homens; 75 para as mulheres). A taxa de mortalidade infantil, que em 1975 rondava os 110‰, representava, em 2004, um valor de 20‰ (44‰ em 1990; 26‰ em 2000), um valor inferior às taxas de outros países de categoria de rendimento semelhante.
A taxa de crescimento da população, dependente dos fluxos migratórios, situou-se, no decénio 1990-2000 (data do último censo populacional), em cerca de 2,4%, valor que se manteve constante até 2005. De aí em diante prevê-se que a mesma estabilize em torno dos 1,9%. Os agregados familiares, em 2006, eram constituídos, em média, por 4,9 membros (5 no meio rural e 4,5 no meio urbano).
Vila Nova Sintra, Ilha Brava.
Vista parcial da baía do Porto Grandeilha de São Vicente.

[editar]Emigração cabo-verdiana

Os principais destinos da emigração cabo-verdiana são:

[editar]Estrutura social

Ao contrário dos países do continente africano, não há etnias em Cabo Verde. Em contrapartida, a trajectória histórica do país incluiu, desde o início, um processo de formação de classes sociais. Neste momento, pode constatar a ausência de uma "burguesia", mas a existência de vários tipos de "pequena burguesia", numericamente significativos. A grande maioria da população é, no entanto, constituído pelo campesinato e algum operariado.[12]

[editar]Cultura

Cena de rua em Porto Novo, Ilha de Santo Antão.
Em todos os seus aspectos, a cultura de Cabo Verde caracteriza-se por uma miscigenação de elementos europeus e africanos. Não se trata de um somatório de duas culturas, convivendo lado a lado, mas sim, um terceiro produto, totalmente novo, resultante de um intercâmbio que começou há quinhentos anos.
O caso cabo-verdiano pode ser situado no contexto comum das nações africanas, no qual as elites, que questionaram a superioridade racial e cultural europeia e que, em alguns casos, empreenderam uma longa luta armada contra o imperialismo europeu e pela libertação nacional, utilizam hoje o domínio dos códigos ocidentais como principal instrumento de dominação interna.[13]

[editar]Língua

A língua oficial é o português, usada nas escolas, na administração pública, na imprensa e nas publicações. A língua nacional de Cabo Verde, a língua do povo, é o crioulo cabo-verdiano (criolkriolu). Cabo Verde é formado por dez ilhas e cada uma tem um crioulo diferente. O crioulo está oficialmente em processo de normalização (criação duma norma) e discute-se a sua adopção como segunda língua oficial, ao lado do português.

[editar]Religião

Os cabo-verdianos são na sua maioria católicos (mais de 90%). Outras denominações cristãs também estão implantadas em Cabo Verde, com destaque para os protestantes da Igreja do Nazareno e da Igreja Adventista do Sétimo Dia, assim como a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mormons), a Congregação Cristã em Cabo Verde, Assembleia de Deus, Testemunhas de Jeová e outros grupospentecostais e adventista. Há pequenas minorias muçulmanas e da Fé Bahá'í. A Igreja Universal do Reino de Deus também tem seguidores em Cabo Verde. A liberdade de religião é garantida pela Constituição e respeitada pelo governo. Há boas relações entre as diversas confissões religiosas.

[editar]Música

Batucadeiras.
O povo cabo-verdiano é conhecido por sua musicalidade, bem expressa por manifestações populares como o Carnaval de Mindelo, cuja importância faz com que a cidade seja conhecida nos dias dos festejos momescos como "Brazilim" (ou "pequeno Brasil"). Na música, há diversos géneros musicais próprios, dos quais se destacam a morna, o funaná, a coladeira e o batuque. Cesária Évora é a cantora cabo-verdiana mais conhecida no mundo, conhecida como a "diva dos pés descalços", pois gosta de se apresentar no palco assim. O sucesso internacional de Cesária Évora fez com que outros artistas cabo-verdianos, ou descendentes de cabo-verdianos nascidos em Portugal, ganhassem maior espaço no mercado musical.[carece de fontes] Exemplos disso são as cantoras Sara Tavares e Lura. Outro grande expoente da música tradicional de Cabo Verde foi Antonio Vicente Lopes, mais conhecido como Travadinha.

Feriados
DataNome em portuguêsObservações
1 de JaneiroAno Novo 
13 de JaneiroDia da Democracia 
20 de JaneiroDia dos Heróis NacionaisAniversário da morte de Amílcar Cabral
variávelTerça-feira de CarnavalFesta móvel
variávelQuarta-feira de CinzasFesta móvel
variávelSexta-feira Santa, Paixão de CristoFesta Móvel
1 de MaioDia do Trabalhador 
19 de MaioDia do Município da PraiaFeriado somente na capital, Praia
1 de JunhoDia Internacional da CriançaAntigo feriado, restabelecido em 2005
5 de JulhoDia da Independência 
15 de AgostoDia da Padroeira Nacional (N.ª Sr.ª das Graças)Dia do Município dos Mosteiros
1 de NovembroDia de Todos os Santos 
25 de DezembroNatal 

Referências

  1.  O Portal da Língua Portuguesa - Dicionário de Gentílicos e Topónimos cita também a forma “cabo-verdense”. Já o dicionário Houaiss regista a forma “cabo-verdense” apenas como adjectivo.
  2.  Instituto Nacional de Estatística - Cabo Verde
  3. ↑ a b Cabo VerdeFundo Monetário Internacional. Página visitada em 19 de Junho de 2010.
  4.  Ranking do IDH 2010. PNUD. Página visitada em 4 de novembro de 2010.
  5.  Decisão 98/744/CE do Conselho, de 21 de Dezembro de 1998, relativa aos aspectos cambiais relacionados com o escudo cabo-verdiano
  6.  http://www.un.cv/sobrecv.php#2
  7.  LOPES, José Vicente. Cabo Verde, as Causas da Independência. Praia, 2005.
  8.  Veja Brígida Rocha Brito e outros, Turismo em Meio Insular Africano: Potencialidades, constrangimentos e impactos, Lisboa: Gerpress, 2010
  9.  Ver Carlos Teixeira Couto, Incerteza, adaptabilidade e inovação na sociedade rural da Ilha de Santiago de Cabo Verde, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010.
  10.  Víctor Reis, Desenvolvimento em Cabo Verde: As opções estratégicas e o investimento directo estrangeiro, Lisboa:MIMO, 2011
  11.  História concisa de Cabo Verde / coordenado e organizado por Maria Emília Madeira Santos, Maria Manuel Ferraz Torrão e Maria João Soares. Lisboa: Instituto de Investigação Científica Tropical, Praia (Cabo Verde): Instituto da Investigação e do Património Culturais, 2007. Pg.21-30
  12.  Michel Lesourd, Etat et société aux îles du Cap Vert, Paris: Karthala, 1995
  13.  APPIAH, Kwame Anthony (1997). Na casa de meu pai. Rio de Janeiro, Contraponto.

[editar]Ver também

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[editar]Ligações externas

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Bandeira de Cabo VerdeCabo Verde
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