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République du Burundi Republika y'u Burundi República do Burundi | |
Lema: "Unité, Travail, Progrès" ("Unidade, Trabalho, Progresso") | |
Hino nacional: Burundi bwacu ("Hino Nacional") | |
Gentílico: burundiano, burundinense, burundinês[1] | |
Capital | Bujumbura 3°22'S 29°21'E |
Cidade mais populosa | Bujumbura |
Língua oficial | Francês, Kirundi |
Governo | República presidencialista |
- Presidente | Pierre Nkurunziza |
- 1º Vice-presidente | Therence Sinunguruza |
- 2º Vice-presidente | Gervais Rufyikiri |
Independência | da Bélgica |
- Data | 1º de julho de 1962 |
Área | |
- Total | 27.834 km² (142.º) |
- Água (%) | 7,8 |
Fronteira | Ruanda (noroeste e norte),Tanzânia (leste) eRepública Democrática do Congo (oeste) |
População | |
- Estimativa de 2008 | 8.691.005 hab. (89.º) |
- Densidade | 228 hab./km² (35.º) |
PIB (base PPC) | Estimativa de 2007 |
- Total | US$ 6,389 bilhões (148.º) |
- Per capita | US$ 372 (175.º) |
Indicadores sociais | |
- Gini (1998) | 42,4[2] – médio |
- IDH (2007) | 0,394[3] (174.º) – baixo |
- Esper. de vida | 49,6 anos (177.º) |
- Mort. infantil | 99,4/mil nasc. (180.º) |
- Alfabetização | 59,3% (150.º) |
Moeda | Franco de Burundi (BIF ) |
Fuso horário | (UTC+2) |
Clima | Tropical |
Org. internacionais | ONU, UA, Francofonia |
Cód. ISO | BDI |
Cód. Internet | .bi |
Cód. telef. | +257 |
O Burundi ou Burúndi é um pequeno país de África, encravado entre o Ruanda a norte, a Tanzânia a leste e a sul e a República Democrática do Congo a oeste, neste país se encontra a nascente do Rio Nilo. Capital: Bujumbura. É o país mais pobre do continente africano.
Índice[esconder] |
[editar]História
Em 1885, na Conferência de Berlim, as potências europeias partilham a maior parte da África. O território do atual Burundi é entregue à Alemanha. A chegada dos colonos alemães, a partir de 1906, agrava antigas rivalidades entre os hutus (maioria da população) e a minoria tutsi, que exercia um poder monárquico. Os tutsis ganham status de elite privilegiada, com acesso exclusivo à educação, às Forças Armadas e a postos na administração estatal. Após a Primeira Guerra Mundial, o Burundi é unificado com a vizinha Ruanda, ficando sob tutela da Bélgica, que mantém as prerrogativas dos tutsis. Em 1946, a tutela passa para a Organização das Nações Unidas (ONU).
Em 1962, o país torna-se independente, sob monarquia tutsi. Com a saída da força militar belga, a luta pelo poder transforma-se em conflito étnico e alcança toda a sociedade. Os ressentimentos acumulados desde o período colonial explodem em 1965, quando uma rebelião hutu é esmagada pelo governo. No ano seguinte, a monarquia é derrubada por um golpe de Estado liderado pelo primeiro-ministro, Michel Micombero, que proclama a república e assume a Presidência. As décadas seguintes são marcadas por uma sucessão de golpes de Estado e intrigas palacianas entre os tutsis e pela perseguição aos hutus. Rebeliões entre 1972 e 1988 causam a morte de dezenas de milhares de pessoas.
Uma das piores matanças da história do Burundi tem início em outubro de 1993, quando oficiais tutsis fuzilam o primeiro presidente eleito democraticamente, o oposicionista hutu Melchior Ndadaye, no cargo havia quatro meses. Os hutus reagem e tem início a guerra civil, que dura até hoje, na qual morreram mais de 200 mil pessoas e mais de 1 milhão se tornaram refugiados, boa parte em Ruanda, Tanzânia e República Democrática do Congo.Em fevereiro de 1994, o hutu Cyprien Ntaryamira é escolhido para a Presidência. Dois meses depois, Ntaryamira e o presidente de Ruanda, Juvénal Habyarimana, são mortos num atentado que derruba o avião no qual viajavam. É o estopim para uma nova fase de violência em Burundi e sobretudo em Ruanda. É formado, em setembro de 1994, um governo de transição chefiado pelo hutu Sylvestre Ntibantunganya.
Os embates prosseguem até que o Exército, dominado por tutsis, dá um golpe de Estado, em 1996, e nomeia presidente o major Pierre Buyoya, que já governara de 1987 a 1993. Nações vizinhas impõem sanções econômicas e isolam o Burundi. Piora a situação do país, cuja base econômica, a agricultura, é arrasada pela guerra. O déficit público cresce e a dívida externa passa a consumir mais da metade do valor das exportações. Em 1998, começam as negociações para um processo de pacificação no Burundi.
[editar]Geografia
O Burundi é um pequeno país interior da região dos Grandes Lagos Africanos. É em geral um país montanhoso, especialmente a ocidente, com um planalto a ocupar a zona leste, perto da fronteira com a Tanzânia. A altitude mínima é de 772 m, nas margens do lago Tanganhica e a máxima é o Monte Heha, que com o derretimento do gelo, se incia um curso de água, que é considerado a nascente do rio Nilo, uma montanha que atinge os 2 670 m. A altitude média ronda os 1 700 m.
O clima é, em geral, equatorial de altitude, com as temperaturas médias anuais a variarem entre 23 e 17 graus com a altitude. A precipitação média anual ronda os 150 cm, distribuída por duas estações húmidas (Fevereiro - Maio e Setembro - Novembro), intercaladas por duas estações secas (Setembro - Novembro e Dezembro - Janeiro).
[editar]Política
A Política do Burundi tem lugar num quadro de uma república democrática representativa presidencial de transição, segundo a qual o Presidente do Burundi é simultaneamente chefe de Estado e chefe de Governo, e de um sistema multi-partidário. O poder executivo é exercido pelo governo. O poder legislativo é investido tanto no governo e nas duas câmaras do parlamento, o Senado e a Assembleia Nacional.
[editar]Subdivisões
O Burundi está dividido em 17 províncias. Por sua vez, as províncias subdividem-se em 117 comunas, e estas em 2.639 colinas (do francês, Colline). As províncias são:
- Bubanza
- Bujumbura Mairie
- Bujumbura Rural
- Bururi
- Cankuzo
- Cibitoke
- Gitega
- Karuzi
- Kayanza
- Kirundo
- Makamba
- Muramvya
- Muyinga
- Mwaro
- Ngozi
- Rutana
- Ruyigi
[editar]Economia
Apesar dos inúmeros recursos minerais, o Burundi é um dos países mais pobres do mundo. Alia-se à pobreza os constantes conflitos étnicos locais e entre Uganda e Ruanda.
Burundi é um país sem saída para o mar, pobre em recursos naturais e com um setor industrial pouco desenvolvido. A economia do Burundi é baseada na agricultura, que correspondia em 1997 a cerca de 58% do PIB do país.
Mais de 90% da força de trabalho concentra-se na agricultura, a maior parte da qual pratica a chamada agricultura de subsistência. Embora Burundi fosse potencialmente capaz de se tornar auto suficiente na produção de alimentos, a guerra civil, a superpopulação e a erosão do solo afastaram para longe a auto suficiência.
O principal produto do país é o café, que correspondia em 1997 a 78,5% das exportações. Esta dependência do café aumentou a vulnerabilidade do Burundi às turbulências econômicas internacionais. Em anos recentes, o governo tentou atrair o investimento privado para este setor com algum sucesso. Outras exportações principais incluem o chá e o algodão crú. Burundi é o maior mercado de banana da África.
[editar]Demografia
[editar]Religião
De acordo com o CIA-The World Factbook a população do Burundi é maioritariamente cristã, sendo que 67% da população segue esta religião (62% de católicos e 5% de protestantes), as crenças indígenas/tribais são seguidas por 23% da população e ainda 10% são muçulmanos.
[editar]Cultura
Referências
- ↑ Portal da Língua Portuguesa, Dicionário de Gentílicos e Topónimos do Burundi.
- ↑ CIA World Factbook, Lista de Países por Coeficiente de Gini.
- ↑ PNUD, http://www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/reportagens/index.php?id01=3324&lay=pde, 05 de Outubro de 2009
- ↑ Central Intelligence Agency (2009). Kenya. The World Factbook. Página visitada em 23 January 2010.
[editar]Ver também
http://pt.wikipedia.org/wiki/Burundi
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